Nome: Characidium sp. |
| Comp |
Aqua | pH | Temp |
Origem: América do Sul |
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6 cm |
60 L |
6.7 |
23°C |

Este peixe é nativo da minha região, em rios de fundo de areia e correnteza. Gosta de pedras e troncos onde possa se apoiar com suas nadadeiras, que têm uma espécie de aderência. Com essas barbatanas peitorais ele consegue subir até pelos cantos do vidro do aqua. É um peixe muito pacífico e resistente e não nada em cardumes. Enfim, o seu único inconveniente é que não tem cores chamativas, mas é muito interessante observar ele se alimentar de restos no substrato.

É um peixe de fundo resistente que aguenta algumas variações de pH e temperatura. Raramente 'nada', prefere ficar escondido em sombras ou esconderijos, assustando peixes intrusos. Apesar de não apresentar uma coloração atraente, sua forma de cobra com nadadeiras é muito interessante. Ele convive muito bem com meus corydoras, pitus, cubiculas, cascudo e limpa-vidros. O único problema é a timidez na hora da alimentação, parecem não dar bola enquanto os outros disputam cada pedaço "a tapa".

O Mocinha é um peixe calmo que normalmente é pacífico, apesar de às vezes dar uns empurrões em outras mocinhas. É um peixe bastante interessante devido às nadadeiras peitorais, sobre às quais se apóia, parecendo até um cachorro em posição de ataque. O único problema dele são as cores nada chamativas, mas isso você resolve colocando um substrato mais claro, assim você irá (com certeza) apreciar seu "pulos" durante seus movimentos - é que o mocinha não costuma nadar como os outros peixes, normalmente ele dá um impulso que o leva até mais ou menos a metade da altura do aquário, e em seguida ele próprio se deixa "cair" até o fundo novamente - não é um peixe que pule para fora da água.

Já possuí várias exemplares deste espécime. Realmente são peixes necessários para completar a beleza do aquário (como se existisse algum que não fosse). São ágeis e gostam de se esconder por baixo do filtro biológico, exigindo um certo cuidado durante a remoção de algumas placas, pois às vezes julgamos que o dito peixinho se encontra morto, mas na verdade está oculto. Os primeiros exemplares capturei próximo a um lago e sobreviveram aproximadamente 6 meses, porém vieram a sucumbir devido a falta de conhecimento e informação que era necessário para se criar tal peixinho.

Tenho duas mocinhas (mas estão mais para moçonas, pois estão bem grandes). Parecem mais um beija flor, pois sobem até o meio do aquário e ficam nadando paradas, se sacudindo todas. Ficam agarradas nas pedras, mirando os outros peixes e saltam para mordê-los, até mesmo a tricogaster já foi atacada por elas. Vivem lutando com o dojô, que também desce umas mordidas nelas, sem contar aquele olhar sinistro que elas me dão sempre, virando a cabeça pra lá e pra cá...

Em visita a uma loja de aquarismo aqui em Brasília, observei uma Mocinha atacando um caramujo. Ela arrancou o molusco de dentro da concha e comeu-o. O fato me chamou a atenção pois meu aquário estava com uma infestação de caramujos e sifonava aproximadamente 80-120 dos moluscos por semana! Comprei então 3 Mocinhas e levei para meu aquário plantado com Caracídeos e, para minha alegria, os peixes controlaram a população do molusco para um nível aceitável. Os caramujos que atingem um crescimento maior elas não conseguem matar. Nesse caso retiro do aquário, sifonando-o, e os jovens são facilmente abatidos e devorados. Espero que quem esperimentar o uso desses peixes no controle de caramujos não desejado tenha o mesmo resultado que tive.